Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver é o tema deste ano; Inscrições até 12 de junho
A articulação para a 11ª edição do Julho das Pretas já começou! Os grupos, organizações e coletivos de mulheres negras já podem inscrever suas atividades na agenda coletiva através do formulário disponível aqui, até o dia 12 de junho.
Com o tema Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver, a 11ª edição do Julho é organizada pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Rede de Mulheres Negras do Nordeste e Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira.
Podem inscrever atividades na agenda: organizações e coletivos de mulheres negras; organizações de movimentos negros e organizações sociais em geral que tenha o antirracismo e o combate ao sexismo como perspectiva central de sua atuação; instituições de ensino; grupos de pesquisa, associações de categorias trabalhistas e grupos de empreendedoras negras e empreendedoras negras individuais.
Por se tratar de uma agenda construída e voltada para o movimento de mulheres negras e movimentos sociais em geral, não serão incluídas na agenda as atividades inscritas por autarquias e instituições do Estado; partidos políticos; parlamentares e empresas privadas que não sejam de propriedade de mulheres negras.
Sobre o Julho das Pretas
O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda conjunta e propositiva com organizações e movimento de mulheres negras do Brasil, voltada para o fortalecimento da ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade. A ação foi criada em 2013, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e celebra o 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.
O Julho das Pretas todos os anos traz temas importantes e necessários relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça, colocando a pauta e agenda política das mulheres negras em evidência.
A vida das mulheres pretas importa, vamos juntas nessa luta
Nós mulheres Negras temos como dever ,de lutar pelas nossas conquistas,pois somos muitas e as oportunidades muito poucas.
Estou Presidenta de Honra da Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil (ANNEB) que ocupou por dois biênios uma cadeira no Conselho dos Direitos de Negras e Negros do Distrito Federal (CDDN-DF) e ocupa atualmente por mais um biênio uma cadeira no Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial (CODIPIR), Fundadora da Rede de Mulheres Negras Evangélicas (RMNE) e Curadora Educativa do Movimento Social de Mulheres Evangélicas do Brasil (MOSMEB).
Todo ano a ANNEB, RMNE e MOSMEB realizam ações políticas sociais de sensibilização, conscientização e formação de mulheres pretas em organizações religiosas protestantes progressistas inclusivas com o objetivo de denunciar a violência religiosa a que estão submetidas, o empoderamento dessas e retirá-las da invisibilização por serem proibidas de serem indicadas para os mesmos cargos e de serem ordenadas aos mesmos títulos que os homens e que as mulheres brancas.
Segundo a pesquisa científica do Instituto DataFolha de 13/01/20, são 59% dos membros das organizações religiosas dos protestantismos histórico, pentecostal e neopentecostal.
No entanto, sobram para elas lavar, passar, cozinhar, arrumar, carregar bolsa de mulheres brancas e de homens, etc.
Como perdemos a data de inscrição por estar me preparando para cirurgia de catarata nos dois olhos, gostaria que as ações políticas sociais da ANNEB, do Movimento de Mulheres Evangélicas do Brasil (MOSMEB) e da Rede de Mulheres Negras Evangélicas (RMNE) do Julho das Pretas fossem incluídas na Agenda Nacional do Julho das Pretas.
Para onde podemos enviar os cards para a Agenda Nacional do Julho das Pretas da ANNEB, do RMNE e do MOSMEB?