O cortejo acontece desde 2017 no Jardim Robru, São Miguel Paulista, São Paulo
Por Leila Rocha \ Ilêra (O texto foi produzido durante a Oficina de Comunicação para Movimentos Sociais, ministrada para as organizações apoiadas pelo Edital de Fortalecimento Interno da AMNB).
No último domingo (12) musicistas, educadoras e ativistas se reuniram na sede do Cordão Tereza de Benguela, no Jardim Robru, no bairro de São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo, para dar início aos trabalhos de 2022. A iniciativa, idealizada pela compositora Inaiá Araújo, acontece com o objetivo de visibilizar o Dia da Mulher Negra Brasileira – 25 de Julho – na periferia, onde vivem mulheres que não têm acesso às atividades que acontecem no centro da cidade.
Foi o primeiro encontro presencial do Cordão Tereza de Benguela após a pandemia. Uma das preocupações colocadas foi o aumento dos casos de COVID 19, e por isso todas usaram máscaras.
Estavam presentes representantes de importantes organizações atuantes na Zona Leste como Amanda Castro (Escola de Samba Santa Bárbara), Marlene Rosa (Espaço Cultural Adebankê), Leila Rocha ( Ilera/AMNB) e as educadoras Tatiane Abel, Lisbeth Ananse e Rachel Anacleto, com sua filha Inaiê. Elas conversaram sobre suas motivações para seguirem com a atividade, mesmo sem financiamento, falaram também sobre sonhos para o futuro e resolveram a agenda dos ensaios que acontecerão todos os domingos de junho e julho na quadra da Rua Padre Vicente de Araújo, Jd. Robru.
No próximo dia 31 de Julho as mulheres sairão às ruas com seus xequerês para denunciar o impacto do racismo estrutural nas suas vidas e exaltar o poder e a resistência das mulheres negras reunidas. .
Inaiá Araújo fala que “sua motivação vem da certeza de que cada quebrada é um quilombo, e que Tereza de Benguela somos todas nós”.
Para saber mais acompanhem o Instagram @cordaoterezade.
Fico imensamente feliz em ver que o Cordão Tereza de Benguela pulsa firme desde que surgiu na Marcha das Mulheres em 2015! Desejo sucesso e muito axé na realização da agenda Julho das pretas 2022
Ótima iniciativa quem vem a dar continuidade de preservaçâo das raizes negras
Preservar nossa ancestralidade negra
[…] Como resultado da oficina de Escrita Criativa, Leila Rocha, ativista da Ilera – Ancestralidade e Saúde, produziu um release que está disponível aqui no site. […]