7ª edição do Março de Lutas abre inscrições de atividades para agenda coletiva com foco na mobilização rumo à Marcha das Mulheres Negras

O Março de Lutas de 2025 é um chamado para a construção coletiva da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, que ocorrerá em novembro deste ano, em Brasília. A mobilização marca uma década da histórica Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, reafirmando o protagonismo das mulheres negras na luta contra o racismo, machismo, LGBTfobia, exploração e pela justiça social.

Em sua 7ª edição, o Março de Lutas é ação de incidência dos Movimentos de Mulheres Negras, organizado a partir da parceria entre a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e a Rede de Mulheres Negras do Nordeste. Criado em 2019 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, a ação tem por objetivo evidenciar e enfrentar as diversas formas de racismo, que impactam brutalmente as mulheres negras, além de fortalecer a luta por condições dignas de vida. Março torna-se, assim, um período de compartilhamento de experiências e práticas, para construção coletiva de uma agenda política radical para disputar no Brasil e no mundo. 

Podem participar da construção desta edição do Março de Lutas organizações e coletivos de mulheres negras, movimentos negros, organizações sociais que tenham o combate ao racismo e ao sexismo como eixo central de suas atuações, instituições de ensino, grupos de pesquisa, associações de categorias trabalhistas, além de grupos e empreendedoras negras individuais.

As propostas de atividades podem incluir  rodas de conversa, oficinas, festivais, exposições, reisados, ciclos de formação política, seminários e marchas, entre outras ações que fortaleçam o debate e a mobilização ao longo de março. As inscrições para participar da agenda coletiva ficarão abertas até o dia 24 de fevereiro por meio deste FORMULÁRIO.

A 7ª agenda do Março de Lutas é um marco na caminhada formativa rumo à Marcha das Mulheres Negras, impulsionando a mobilização nacional e transnacional para que, em novembro, um milhão de mulheres negras ocupem a capital do Brasil exigindo reparação histórica e o direito ao Bem Viver.

Ao longo dos anos, o Março de Lutas tem combatido a invisibilidade das mulheres negras dentro das agendas feministas convencionais, especialmente no mês em que se celebra o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A programação denuncia as desigualdades de raça e gênero, provoca o protagonismo das mulheres negras em diferentes frentes de ação e a organização política e mobiliza para a Marcha de Mulheres por Reparação e Bem Viver, reafirmando que não há justiça social possível sem a nossa presença e protagonismo na construção do Brasil que queremos.

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