COMITÊ IMPULSOR INTERNACIONAL DA MARCHA DAS MULHERES NEGRAS

[ESPAÑOL ABAJO]

[ENGLISH BELOW]

[FRANÇAIS CI-DESSOUS]

 

EM NOME DE NOSSAS ANCESTRAIS, MARCHAMOS

Anunciar novos Tempos!
Anunciar futuros de liberdade!
Anunciar Reparação e Bem Viver para as mulheres negras do mundo em memória às nossas ancestrais
Buscar conexões transatlânticas e diaspóricas para imaginar o futuro, e o futuro será com as mulheres negras no comando.

Mais de 100 mil mulheres negras do Brasil marcharam em 2015 contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver – um processo histórico que impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.  Quase dez anos depois, irmanadas com as muitas de nós que estão ao redor do mundo, convocamos a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a 2ª Marcha Nacional (de caráter internacional) das Mulheres Negras. 

Nós, mulheres negras e africanas,  estamos há séculos forjando formas de Bem Viver dentro de nossas comunidades e territórios, com tenacidade, energia e a perspectiva de que as transformações só podem ocorrer a partir do nosso protagonismo ao redor do mundo. As mulheres negras de maneira global têm escancarado e desnudado o racismo patriarcal cisheteronormativo, desvelando as estratégias que articulam ataques contra os nossos corpos e nossos modos de viver e existir. 

A trajetória de luta das mulheres negras atravessa o Atlântico e o Tempo, acumulando e expandindo a  força das nossas ancestrais. A ancestralidade negra é fonte que nos alimenta para que continuemos tramando, tecendo, conspirando e co-criando imaginários e mundos centrados na ideia de liberdade.

Nesta convocação, reafirmamos que só é possível avançar nas grandes transformações irmanadas, ecoando e resistindo juntas para a consolidação de um novo pacto civilizatório centrado no Bem Viver, que altera as lógicas e dimensões do modelo de poder branco, masculino e cisheteronormativo, que orientam as estruturas sociais, economicas. políticas e culturais.

A Marcha também convida o mundo a refletir os impactos do sequestro de milhões de pessoas africanas rumo às Américas por quase 400 anos de escravidão promovida pelas nações européias, trazendo a tona as injustiças que este sistema gerou e ainda gera. O debate sobre Reparação vem se popularizando em todo o mundo, fala sobre distribuição das riquezas geradas a partir da exploração da mão de obra negra, mas vai além de compensações financeiras, ela exige mudanças estruturais que enfrentem a desigualdade racial nas esferas da educação, emprego, nutrição, saúde, afetividade, religião e moradia. Implica no reconhecimento e valorização da cultura e identidade negra, no cuidado e ampliação da Memória das opressões coloniais. Além de promover a equidade de oportunidades, assegurando que as futuras gerações possam crescer sem as barreiras impostas pelo racismo. 

Irmanandas na conexão global feminia e negra reivindicamos Reparação e Bem Viver, para impactar fundamentos e paradigmas que orientam a gramática política mundial para uma reordenação sociorracial equilibrada, capaz de acolher saberes, práticas e experiências apropriadas no processo colonial e ignoradas de nosso protagonismo e autoria. 

Temos muitos desafios, mas carregamos a força da ancestralidade e do legado das guerreiras negras. Estamos na dianteira dos índices de iniquidade, e sabemos como fazer das diferenças um capital importante da humanidade e não um elemento que dinamiza, perversamente, as desigualdades e as discriminações, que se mostram cada vez mais abissais no mundo.

É baseado nesses princípios de ancestralidade, circularidade, liberdade e autonomia, que as mulheres negras brasileiras, da América Latina e Caribe, convocam ativistas em diáspora e do continente africano a construir a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, que acontecerá em Brasília, capital do Brasil, no dia 25 de novembro de 2025. A Marcha representa um chamado às mulheres negras do mundo para que juntas possam construir e fortalecer uma agenda global de luta e incidência com foco no enfrentamento ao racismo patriarcal cisheteronormativo.

Qual o objetivo da criação do Comitê Internacional rumo à Marcha das Mulheres Negras?

É encontrar, trocar, produzir, desenvolver e experienciar, formas de estar no mundo a fim de conectar com a força das nossas ancestrais formatando um círculo poderoso para a transformação do mundo em que vivemos, convocamos as afrodescendentes em diáspora, as africanas para  que possam somar forças e fortalecer a construção de uma agenda global construída a muitas mãos. 

Quem pode fazer parte do Comitê Internacional rumo à Marcha das Mulheres Negras?

Este Comitê é um espaço aberto para todas as mulheres negras em diáspora e africanas que estão comprometidas com a construção de um mundo centrado na liberdade e autonomia radical e com a ruptura do controle sobre as mulheres negras. Este é um  espaço para forjar e alimentar sonhos, mas também para fortalecer as estratégias de diálogo internacional na defesa do avanço de uma agenda global de mulheres negras. 

Quais ações devem ser incorporadas pelo Comitê Internacional rumo à Marcha das Mulheres Negras?

  1. Construir e fortalecer  narrativas sobre a luta das mulheres negras nas diversas esferas e partes do mundo;
  2. Criar espaços para trocas entre ativistas negras e suas agendas ao redor do mundo;
  3. Promover ações que visem aprofundar sobre temas que orientam a Marcha e o movimento de mulheres negras a nível global;
  4. Promover estratégias que projetam a agenda global de incidência das mulheres negras para os próximos anos;
  5. Mobilização de recursos técnicos e financeiros para fortalecer a Marcha e assegurar a participação de ativistas do mundo inteiro na Marcha;
  6. Promover ações de incidência que viabilizem a situação das mulheres negras em diáspora e africanas ao redor do mundo;
  7. Promover ações que divulguem nos vários países a Marcha;

Acompanhe a mobilização rumo à Marcha no instagram: @marchadasmulheresnegras2025 

Entre em contato com o Comitê Nacional da Marcha no e-mail: comitemarchamulheresnegras@gmail.com

Vamos marchar juntas por Reparação e Bem Viver para as Mulheres Negras do mundo!


COMITÉ IMPULSOR INTERNACIONAL DE LA MARCHA DE LAS MUJERES NEGRAS

EN NOMBRE DE NUESTRAS ANCESTRAS, MARCHAMOS

¡Anunciar nuevos tiempos!
¡Anunciar futuros de libertad!
Anunciar  Reparación y Buen Vivir para las mujeres negras del mundo en memoria de nuestras ancestras.
Buscar conexiones transatlánticas y de la diáspora para imaginar el futuro, y el futuro estará a cargo de mujeres negras.

Más de 100 mil mujeres negras de Brasil marcharon en 2015 contra el Racismo, la Violencia y por el Buen Vivir – un proceso histórico que impactó y definió la dirección de la organización política de mujeres negras en Brasil y en Latinoamérica. Casi diez años después, junto a muchas de nosotras alrededor del mundo, convocamos a la Marcha de las Mujeres Negras por la Reparación y Buen Vivir, la 2ª Marcha Nacional (de carácter internacional) de las Mujeres Negras.

Nosotras, mujeres negras y africanas, venimos hace siglos forjando formas de Buen Vivir dentro de nuestras comunidades y territorios, con tenacidad, energía y la perspectiva de que las transformaciones sólo ocurren a través de nuestro protagonismo alrededor del mundo. Las mujeres negras a nivel global han expuesto y revelado el racismo patriarcal, cishetetonormativo, exhibiendo las estrategias que articulan los ataques contra nuestros cuerpos y nuestras formas de vivir y existir.

La trayectoria de lucha de las mujeres negras cruza el Atlántico y el Tiempo, acumulando y ampliando la fuerza de nuestras ancestras. La ancestralidad negra es fuente que nos alimenta para que sigamos tramando, tejiendo, conspirando y co-creando imaginarios y mundos centrados en la idea de libertad.

En esta convocatoria, reafirmamos que sólo es posible avanzar en las grandes transformaciones hermanadas. Haciendo eco y resistiendo juntas para la consolidación de un nuevo pacto civilizatorio centrado en el Buen Vivir, que altera las lógicas y las dimensiones del modelo de poder blanco, masculino y cisheteronormativo, que guían las estructuras sociales, económicas, políticas y culturales.

La Marcha también invita al mundo a reflexionar sobre los impactos del secuestro de millones de personas africanas rumbo a las Américas por casi 400 años de esclavitud promovido por las naciones europeas, sacando a la luz las injusticias que este sistema generó y aún genera. El debate sobre la Reparación se ha popularizado en todo el mundo, habla sobre distribución de las riquezas generadas a través de la explotación de la mano de obra negra, pero va más allá compensaciones financieras, ella exige cambios estructurales que afronten la desigualdad racial en los ámbitos de la educación, empleo, nutrición, salud, afectividad, religión y vivienda. Implica en el reconocimiento y valoración de la cultura y de la identidad negra, en el cuidado y ampliación de la Memoria de las opresiones coloniales. Además de promover la equidad de oportunidades, garantizando que las generaciones futuras puedan crecer sin las barreras impuestas por el racismo.

Hermanadas  en la conexión global femenina y negra exigimos Reparación y Buen Vivir, para impactar fundamentos y paradigmas que orientan la gramática política mundial hacia un reordenamiento socio-racial equilibrado, capaz de acoger conocimientos, prácticas y experiencias apropiadas en el proceso colonial e ignoradas de nuestro protagonismo y autoría.

Tenemos muchos retos, pero llevamos la fuerza de la ancestralidad y el legado de las guerreras negras. Estamos delante de los índices de inequidad, y sabemos como hacer de las diferencias un capital importante de la humanidad y no un elemento que fomenta, perversamente, las desigualdades y las discriminaciones, que se muestran cada vez más abismales en el mundo.

Basado en estos principios de ancestralidad, circularidad, libertad y autonomía, que las mujeres negras brasileñas, de Latinoamérica y Caribe, convocan a activistas en diáspora y del continente africano a construir la Marcha de las Mujeres Negras por Reparación y Buen Vivir, que tendrá lugar en Brasilia, capital de Brasil, el 25 de noviembre de 2025. La Marcha representa un llamado a las mujeres negras del mundo para que juntas puedan construir y fortalecer una agenda global de lucha e incidencia con enfoque en el enfrentamiento al racismo patriarcal cisheteronormativo.

¿Cuál es el objetivo de la creación del Comité Internacional hacia la Marcha de las Mujeres Negras?

Es encontrar, intercambiar, producir, desarrollar y experimentar formas de estar en el mundo para conectar con la fuerza de nuestras ancestras construyendo un círculo poderoso para la transformación del mundo en el que vivimos, convocamos las afrodescendientes en diáspora, las africanas para que puedan sumar fuerzas y fortalecer la construcción de una agenda global construida a muchas manos.

¿Quién puede formar parte del Comité Internacional hacia  la Marcha de las Mujeres Negras?

Este Comité es un espacio abierto a todas las mujeres negras en diáspora y africanas que están comprometidas con la construcción de un mundo centrado en la libertad y autonomía radical y con la ruptura del control sobre las mujeres negras. Este es un espacio para forjar y alimentar sueños, pero también para fortalecer las estrategias de diálogo internacional en la defensa del avance de una agenda global de mujeres negras.

¿Qué acciones deben ser incorporadas por el Comité Internacional hacia la Marcha de las Mujeres Negras?

a)  Construir y fortalecer narrativas sobre la lucha de las mujeres negras en las diversas esferas y partes del mundo;

b)  Crear espacios para intercambios entre activistas negras y sus agendas en todo el mundo;

c)  Promover acciones que tengan como objetivo profundizar sobre temas que guíen la Marcha y el movimiento de mujeres negras a nivel global;

d) Promover estrategias que proyectan la agenda global de incidencia de las mujeres negras para los próximos años;

e)  Movilización de recursos técnicos y financieros para fortalecer la Marchar y garantizar la participación de activistas de todo el mundo en la Marcha;

f)   Promover acciones de incidencia que posibiliten la situación de las mujeres negras en diáspora y africanas en todo el mundo;

g)  Promover acciones que divulguen en los distintos países la Marcha.

Siga la movilización hacia la marcha en instagram: @marchadasmulheresnegras2025 

Contacta con el Comité Nacional de la Marcha en el correo electrónico: comitemarchamulheresnegras@gmail.com

¡Vamos a marchar juntas por Reparación y Buen Vivir para las Mujeres Negras del Mundo!


THE BLACK WOMEN’S MARCH INTERNACIONAL STEERING COMMITTEE

IN THE NAME OF OUR ANCESTORS, WE MARCH

Announce new Times!
Announce futures of freedom!
Announces Reparation and Good Living for black women around the world in memory of our ancestors
Seeks transatlantic and diasporic connections to imagine the future, and the future will be with Black women in charge.

More than 100,000 Black women in Brazil marched in 2015 against Racism, Violence, and for Good Living—a historical process that impacted and defined the direction of Black women’s political organizations in Brazil and Latin America. Almost ten years later, together with many of us around the world, we call for the Black Women’s March for Reparation and Good Living, the 2nd National March (of an international one) of Black Women. 

We, Black and African women, have been forging Good Living forms within our communities and territories for centuries, with tenacity, energy, and the perspective that transformations can only occur through our protagonism around the world. Black women globally have exposed and uncovered cisheteronormative patriarchal racism, revealing the strategies that articulate attacks against our bodies and our ways of living and existing.

The trajectory of Black women’s struggle crosses the Atlantic and Timelines, accumulating and expanding the strength of our ancestors. Black ancestry is a source that feeds us, so we continue plotting, weaving, conspiring, and co-creating imaginaries and worlds centered on the idea of ​​freedom.

In this call, we reaffirm that it is only possible to advance in great transformations, echoing and resisting together for the consolidation of a new civilizational pact centered on Good Living, which alters the logic and dimensions of the white, masculine and cisheteronormative model of power, which guide the social, economic structures, political and cultural.

The March also invites the world to reflect on the impacts of the kidnapping of millions of African people heading to the Americas for almost 400 years of slavery promoted by European nations, bringing to light the injustices that this system generated and still generates. The debate on Reparation has become popular around the world. It talks about the distribution of wealth generated from the exploitation of Black labor, but it goes beyond financial compensation; it demands structural changes that tackle racial inequality in the spheres of education, employment, nutrition, health, affection, religion, and housing. It implies the recognition and appreciation of black culture and identity and the care and expansion of the memory of colonial oppression. In addition to promoting equity of opportunities, ensuring that future generations can grow without the barriers imposed by racism.

United in the global female and Black connections, we demand Reparation and Good Living to impact foundations and paradigms that guide the global political grammar towards a balanced socio-racial reordering, capable of welcoming knowledge, practices, and experiences appropriated in the colonial process and ignored from our protagonism and authorship. 

We have many challenges, but we carry the strength of the ancestry and legacy of Black warriors. We are at the forefront of inequity rates, and we know how to make differences an important capital of humanity and not an element that perversely encourages inequalities and discrimination, which are increasingly becoming abysmal in the world.

Based on these principles of ancestry, circularity, freedom, and autonomy, Black Brazilian, Latin American, and Caribbean women call on activists in the diaspora and on the African continent to build the Black Women’s March for Reparation and Good Living, which will take place in Brasília, Brazil’s capital, on November 25, 2025. The March represents a call to Black women around the world so that together, we can build and strengthen a global advocacy agenda with a focus on confronting cisheteronormative patriarchal racism.

What is the objective of creating the International Committee for the Black Women’s March?

It is to find, exchange, produce, develop, and experience ways of being in the world to connect with our ancestors’ strength, forming a powerful circle for the transformation of the world in which we live. We call on Afro-descendants in the diaspora to join forces and strengthen the construction of a global agenda built by many hands. 

Who can be part of the International Committee towards the Black Women’s March?

This Committee is an open space for all Black diaspora and African women committed to building a world centered on radical freedom and autonomy and breaking the control over Black women. It is a space to forge and nurture dreams and strengthen international dialogue strategies in defense of the advancement of a global agenda for and by Black women.

What actions should the International Committee incorporate towards the Black Women’s March?

a. Builds and strengthens narratives about the struggle of Black women in different spheres and parts of the world;

b. Creates spaces for exchanges between Black activists and their agendas around the world;

c. Promotes actions that aim to deepen the themes that guide the March and Black women’s movements at a global level;

d. Promotes strategies that project the global advocacy agenda for Black women for the coming years;

e. Mobilizes technical and financial resources to strengthen the March and ensures the participation of activists from all over the world in the March;

f. Promotes advocacy actions that improve the situation of Black women in the diaspora and African women around the world;

g. Promotes actions that publicizes the March in various countries;

Follow the mobilization towards the March on Instagram: @marchadasmulheresnegras2025 

Contact the National March Committee at the email: comitemarchamulheresnegras@gmail.com

Let’s march together for Reparation and Good Living for Black Women around the world!


COMITÉ INTERNATIONAL DE SOUTIEN À LA MARCHE DES FEMMES NOIRES

AU NOM DE NOS ANCÊTRES, NOURS MARCHONS

Annoncer des temps nouveaux !
Annoncer des avenirs de liberté !
Annoncer les Réparations et le Bien Vivre pour les femmes noires du monde entier en mémoire de nos ancêtres.
Rechercher des connexions transatlantiques et diasporiques pour imaginer l’avenir, et l’avenir sera avec les femmes noires aux commandes.

En 2015, plus de 100.000 femmes noires brésiliennes ont manifesté contre le Racisme, la Violence et pour le Bien Vivre – un processus historique qui a eu un impact sur l’organisation politique des femmes noires au Brésil et en Amérique latine et en a défini l’orientation. Près de dix ans plus tard, liées fraternellement avec celles d’entre nous dans le monde entier, nous appelons à la Marche des femmes noires pour les Réparations et pour le Bien Vivre, la deuxième Marche Nationale (à caractère international) des Femmes Noires.

Depuis des siècles, nous, les femmes noires et africaines, forgeons des formes de Bien Vivre au sein de nos communautés et de nos territoires, avec ténacité, énergie et dans la perspective que les transformations ne peuvent se produire qu’à partir de notre protagonisme dans le monde. Les femmes noires du monde entier ont exposé et mis à nu le racisme patriarcal cishétéronormatif, révélant les stratégies qui articulent les attaques contre nos corps et nos modes de vie et d’existence.

La trajectoire de la lutte des femmes noires traverse l’Atlantique et le Temps, accumulant et faisant croître la force de nos ancêtres.  L’ancestralité noire est la source qui nous nourrit pour que nous puissionscontinuer à élaborer, tisser, conspirer et co-créer des imaginaires et des mondes centrés sur l’idée de liberté.

Dans cet appel, nous réaffirmons qu’il n’est possible d’avancer dans les grandes transformations qu’avec nos sœurs, en faisant écho et en résistant ensemble pour la consolidation d’un nouveau pacte civilisationnel centré sur le Bien Vivre, qui modifie les logiques et les dimensions du modèle de pouvoir blanc, masculin et cishétéronormatif qui guident les structures sociales, économiques, politiques et culturelles.

La Marche invite également le monde à réfléchir aux conséquences de la séquestration de millions de personnes africaines vers les Amériques pendant près de 400 ans d’esclavage promu par les nations européennes, en mettant en lumière les injustices que ce système a générés et génère encore aujourd’hui. Le débat sur les Réparations est devenu populaire dans le monde entier. Il porte sur la distribution des richesses générées par l’exploitation du travail des Noirs, mais il va au-delà de la compensation financière, il exige des changements structurels qui s’attaquent à l’inégalité raciale dans les domaines de l’éducation, de l’emploi, de la nutrition, de la santé, de l’affection, de la religion et du logement. Cela implique de reconnaître et de valoriser la culture et l’identité noires, d’entretenir et de compléter la Mémoire des oppressions coloniales. Il s’agit également de promouvoir l’équité des chances, en veillant à ce que les générations futures puissent grandir sans être confrontées aux barrières imposées par le racisme.

Sœurs dans la connexion globale féminine et noire, nous revendiquons des Réparations et le Bien Vivre, afin d’influencer les fondements et les paradigmes qui guident la grammaire politique du monde vers une réorganisation socio-raciale équilibrée, capable d’accueillir les savoirs, les pratiques et les expériences appropriées dans le processus colonial et ignorées de notre protagonisme et de nos auteurs.

Nous avons de nombreux défis à relever, mais nous portons en nous la force de nos ancêtres et l’héritage des guerrières noires. Nous sommes à l’avant-garde des indices d’iniquité, et nous savons comment faire des différences un capital important de l’humanité et non un élément qui dynamise de manière perverse les inégalités et les discriminations, qui deviennent de plus en plus abyssales dans le monde.

C’est sur la base de ces principes d’ancestralité, de circularité, de liberté et d’autonomie que les femmes noires du Brésil, d’Amérique latine et des Caraïbes appellent les militantes et militants de la diaspora et du continent africain à construire la Marche des Femmes Noires pour les Réparations et le Bien Vivre, qui aura lieu à Brasilia, la capitale du Brésil, le 25 novembre 2025. La Marche représente un appel aux femmes noires du monde entier pour qu’ensembles, elles construisent et renforcent un programme mondial de lutte et de plaidoyer axé sur la lutte contre le racisme patriarcal cishétéronormatif.

Quel est l’objectif de la création du Comité International pour la Marche des Femmes Noires ?

Il s’agit de trouver, d’échanger, de produire, de développer et de faire l’expérience de manières d’être au monde afin de se connecter à la force de nos ancêtres, en formant un cercle puissant pour la transformation du monde dans lequel nous vivons. Nous appelons les femmes d’ascendance africaine de la diaspora et les femmes africaines à unir leurs forces et à renforcer la construction d’un agenda mondial construit à de nombreuses mains.

Qui peut faire partie du Comité International pour la Marche des Femmes Noires ?

Ce Comité est un espace ouvert à toutes les femmes noires de la diaspora et aux femmes africaines qui s’engagent à construire un monde centré sur la liberté et l’autonomie radicale et à briser le contrôle exercé sur les femmes noires. Il s’agit d’un espace pour forger et nourrir des rêves, mais aussi pour renforcer les stratégies de dialogue international en vue de faire progresser l’agenda global des femmes noires.

Quelles actions doivent être intégrées par le Comité International pour la Marche des Femmes Noires ?

  1. Construire et renforcer les récits sur la lutte des femmes noires dans les différentes sphères et parties du monde;
  2. Créer des espaces d’échange entre les activistes noires et leurs programmes dans le monde entier;
  3. Promouvoir des actions visant à approfondir les thèmes qui guident la Marche et le mouvement des femmes noires au niveau mondial;
  4. Promouvoir des stratégies qui projettent l’agenda mondial de plaidoyer des femmes noires pour les années à venir;
  5. Mobiliser des ressources techniques et financières pour renforcer la Marche et assurer la participation d’activistes du monde entier à la Marche;
  6. Promouvoir des actions de plaidoyer qui rendent la situation des femmes noires de la diaspora et des femmes africaines dans le monde plus viable;
  7. Promouvoir des actions visant à faire connaître la Marche dans différents pays;

Suivez la mobilisation en vue de la Marche sur instagram : @marchadasmulheresnegras2025

Contactez le Comité National de la Marche par e-mail :

 comitemarchamulheresnegras@gmail.com

Marchons ensemble pour les Réparations et pour le Bien Vivre pour les Femmes Noires du monde entier !

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