Chegou setembro! E com ele, a 21ª Primavera Negra da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).
E como para nós, populações negras, a memória é uma das mais importantes ferramentas de fortalecimento da nossa luta, estaremos publicando ao longo do mês uma série de conteúdos sobre essa jovem Articulação de 21 anos.
Fundada em setembro de 2000, a AMNB nasceu num período de grande fortalecimento da expressão dos movimentos negros brasileiros. Nesta época, movimentos antirracistas do mundo inteiro se organizavam para participarem da III Conferência Mundial contra o Racimo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, que aconteceria um ano depois, em setembro de 2001, em Druban, na África do Sul.
Foi então que três organizações de mulheres negras, a Criola, do Rio de Janeiro, o Geledés – Instituto da Mulher Negra, de São Paulo, e a Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras, do Rio Grande do Sul, convocaram organizações de mulheres negras de todo o país para fundar a primeira articulação de organizações de mulheres negras a nível nacional, e para estarem presentes e protagonizarem a participação do Brasil na Conferência de Durban.
Hoje, 21 anos depois, a AMNB é composta por 49 organizações de mulheres negras de todo Brasil, e é coordenada pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, a Rede de Mulheres Negras do Paraná, o Nzinga – Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte e o IMUNE – Instituto da Mulher Negra do Mato Grosso. A AMNB também coordena a Região do Brasil na Red de Mujeres Afrolatinas e Afrocaribenhas, e atua em uma série de fóruns e coalizões de organizações como a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Política, a Plataforma Dhesca, o Fórum de Promoção da Igualdade Racial (FOPIR), a Rede Lai Lai Apejo e a ABONG – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns.
Vida longa à AMNB!
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